terça-feira, 5 de janeiro de 2010

RUAS...




Sinceramente? To cansada da rua Augusta. Tento me livrar desse bendito destino como tento de livrar dos meus vícios de linguagem, mas, nada. Sexta feira a noite to lá, sentada em algum boteco verde, esperando a santa cerveja e o velho porre.
Quando marco um encontro, logo coloco na frente, quase jogando na cara da pessoa, "catraca da Consolação"... ai sabe, tem hora que enjoa ver gente repetida. Todo mundo vestindo a mesma coisa, querendo a mesma coisa, transando naquelas calçadas lotadas .
Olhos pintados, caras sujas, gente bonita, feia, bonita, feia... fica até difícil distinguir beleza. Som alto, muitos carros prá lá e pra cá.
Se chegar logo de cara a gente vai no cinema, mas tem que ser só até as 21,22. Caso chegue depois, tem os botecos e os barzinhos minimalistas. Tem também as baladas gays, e as de rock né, mas essas ai se você não for do "movimento" vai assustar, se bem que se ta na Augusta ta assustado o tempo todo.
Quase bicando a Paulista encontramos lugares mais gostosos pra comer e lá embaixo boas coxinhas, até tubaina.
Na haddock e na frei a gente pode dançar ou transar, porque na Augusta os moteis são bem fedidos, juro. A rua Augusta tem um cheiro "augusta" de ser. Cheiro de xixi, com perfume de puta e cigarros, muuuuuuitos cigarros, uma fumaça só. Pode ser que dai você sinta o cheiro e faça careta, mas pode ter certeza que pisando naquele chão não sentirá cheiro ruim, todos os cheiros em um se torna peculiar.
A Augusta é como segunda casa de alguns como eu, e lugar jamais pensado para outros. Mas, se alguém morrer sem ter conhecido a Rua Augusta, certeza, morreu infeliz e nerd. Alias, ando vendo tanto nerd por lá que só Jah.

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